Entre o movimento em improvisação da dança e da música, o espetáculo Ancorar é um recorte de corpos e de sons sobre o tempo.
Com uma abordagem suave o elenco cria em cena a partir de diagramas de composição, tensionados pela busca poética que situa as dimensões do tempo e da morte.
Há uma porosidade do corpo que atravessa a experiência do espetáculo, um encontro entre o planejado e o imprevisto. O espetáculo foi realizado através de investigações sobre a interrogação:
Qual o mínimo necessário para que a improvisação aconteça?
A partir desta questão nos aproximamos poeticamente da noção de que a improvisação seria um estado de morte e adentramos o universo do corpo transmutado, putrefato, ultrapassado, expandido, apto a realizar ações impossíveis em cena.
Morte, tempo, transformação tecem a trama de nossa pesquisa sobre uma pedagogia do imprevisto.